RESULTADO DO ENEM 2010
Estado foi um dos três que obtiveram pontuação abaixo da média; melhor escola maranhense é a 61ª no ranking nacional
O Maranhão foi o estado brasileiro que obteve a pior pontuação no Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2010. Segundo o resultado da prova, divulgado ontem (13), o estado obteve pontuação 512, sendo um dos três que ficaram abaixo da média – os outros dois são Tocantins (também com 512) e Piauí (518).
A escola maranhense de ensino médio que atingiu melhor pontuação no Enem 2010 ficou na 61ª colocação entre as 4.203 escolas do Brasil que participaram da prova. Trata-se do Jardim Escola Crescimento, do Renascença (São Luís), que obteve 697,60 pontos (acima da média). Em 2º lugar entre as melhores escolas do Maranhão, ficou o Centro de Educação Internacional COC, do Calhau (São Luís), com 693,72 pontos (81º posto no ranking nacional). O Colégio Educator, localizado no Outeiro da Cruz (São Luís), foi ranqueado na 3ª posição, no estado, e na 112ª no ranking nacional, obtendo 689,04 pontos, enquanto o Centro Educacional Montessoriano Reino Infantil (do Renascença) ficou em 4º lugar no Maranhão e em 145º no país, com 685 pontos.
Das 20 melhores escolas maranhenses no Enem 2010 (todas com pontuação acima da média), apenas três pertencem à rede pública: Instituto Federal do Maranhão, no Monte Castelo (São Luís), com 676,22 pontos (5ª no estado e 224ª no Brasil); Cefet de Imperatriz, com 662,63 pontos (8º no estado e 380º no país); e Colégio Universitário (Colun), localizado no campus da Ufma, com 645,05 pontos (14º no estado e 737º no país).
Pioraram – Sete das 20 escolas maranhenses com melhor desempenho no Enem 2010 pioraram sua pontuação em relação ao ano anterior (2009).
São elas: Centro Educacional Montessoriano Reino Infantil (de 693,37 em 2009 para 685 em 2010); Instituto Federal do Maranhão, de São Luís (de 677,47 em 2009 para 676,22 em 2010); Colégio Santa Teresa, de São Luís (de 661,39 em 2009 para 658,75 em 2010); Centro de Ensino Upaon-Açu, de São Luís (de 660,42 em 2009 para 653,41 em 2010); Colégio O Bom Pastor, de São Luís (de 645,53 em 2009 para 638,93 em 2010); Colégio Marista do Araçagi, de São José de Ribamar (de 645,16 em 2009 para 633,95 em 2010); e Colégio Literato, de São Luís (de 653,30 para 633,63 em 2010).
No Maranhão, alunos de 13.691 escolas participaram do Enem 2010 (12.886 públicas e 805 particulares).
Entre os 9 estados do Nordeste, apenas o Maranhão e o Piauí atingiram pontuação abaixo da média. Ficaram dentro da média Pernambuco (537), Ceará (535), Alagoas (534), Paraíba (531), Bahia (531), Rio Grande do Norte (528) e Sergipe (527). Nenhum estado nordestino se posicionou acima da média (pontuação a partir de 554,06).
A pontuação do Brasil, como um todo, ficou em 537 (dentro da média).

(De Acordo com os Dados a Cidade de Timon não Aparece entre as Melhores Escolas.)
ENEM: PONTUAÇÃO DOS ESTADOS*
Distrito Federal: 579
Rio de Janeiro: 572
São Paulo: 561
R. G. Sul: 559
Minas Gerais: 557
Santa Catarina: 555
Goiás: 544
Mato Grosso do Sul: 543
Paraná: 543
Pernambuco: 537
Ceará: 535
Espírito Santo: 535
Alagoas: 534
Pará: 532
Paraíba: 531
Bahia: 531
R. G. Norte: 528
Sergipe: 527
Amapá: 527
Mato Grosso: 526
Roraima: 523
Rondônia: 523
Acre: 522
Amazonas: 522
Piauí: 518
Tocantins: 512
Maranhão: 512
(*) Parâmetros: Abaixo da média: até 520,01 - Dentro da média: entre 520,01 e 554,06 - Acima da média: a partir de 554,06
Escola pública perde espaço entre as melhores do Enem

O ensino médio público não tem melhorado e perdeu participação no grupo das melhores escolas do Brasil.
A conclusão se baseia no desempenho por colégio no Enem 2010, que o Ministério da Educação divulgou ontem (12).
O levantamento é uma das principais formas de avaliar escolas. É apurado a partir de prova com testes e redação feita por formandos.
Resultados tabulados pela Folha de S. Paulo apontam que a proporção de escolas públicas no grupo de elite do país (10% melhores, ou seja, quase 19.500 escolas) sofreu leve queda (6%) entre 2009 e 2010. Foi de 8,4% para 7,9%.
Se ampliada a quantidade de colégios analisados para o grupo das 25% melhores, a redução das públicas é mais acentuada: vai de 20,7% para 15,7% (queda de 24,1%). Quase todos os colégios oficiais de elite são técnicos, de aplicação, militares ou ligadas a universidades. São diferentes da maioria das públicas, que não seleciona alunos, entre outras diferenças.
A melhor pública não técnica de SP, por exemplo, é a Professor Carlos Cattony, que está na 2.911ª posição do ranking geral nacional, com 19.414 colégios avaliados. O colégio fica em Parelheiros, na periferia da cidade.
Desde 2008 o ministro da Educação, Fernando Haddad, diz que o ensino médio é o “elo frágil” do setor.
Sobre a disparidade entre escolas, Haddad (pré-candidato à Prefeitura de SP) disse que “às vezes, condições socioeconômicas explicam mais o resultado da escola que o trabalho do professor”.
O MEC diz ainda que parte dos alunos das escolas federais pode não ter sido avaliada, pois em 2008 passaram a ter ensino técnico com quatro anos de duração e não três e, assim, não haveria formandos no ano passado.
Membro do Conselho Nacional de Educação, César Callegari diz que “no geral, as melhores escolas são bem equipadas, têm professores mais bem pagos e melhores condições de trabalho”.
Thiago Peixoto, representante do Consed (órgão que reúne secretários de educação), lembra ainda que muitas particulares treinam alunos para a prova e fazem marketing com os resultados.
Fonte: (Folha de S. Paulo)
Nenhum comentário:
Postar um comentário